25 março 2020

Empregadas e empregados da Ebserh temem sobrecarga nos hospitais e cobram medidas de segurança do trabalho


Em razão da pandemia do Coronavírus no Brasil, os profissionais da saúde têm vivido um momento de extrema sobrecarga de trabalho nas unidades de atendimento a população. Exemplo dessa situação são relatados pelas empregadas e empregados públicos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, que faz a gestão dos hospitais universitários no país. No Ceará, O Sintsef tem acompanhado diariamente o trabalho e as demandas dos profissionais do Hospital Universitário Walter Cantídio (HWUC) e na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), ambos da Universidade Federal do Ceará e administrados pela Ebserh.

No dia 20 de março, a Assessoria Jurídica do Sintsef entrou com uma ação na Justiça para que profissionais com mais de 60 anos, portadores de comorbidades e mães com filhos que são portadores de comorbidades e mães com filhos que são portadores de comorbidades fossem afastados dos seus trabalhos no HWUC e na MEAC sem prejuízos a sua remuneração. Essa medida foi necessária, pois somente trabalhadores administrativos estão em quarentena, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para prevenir a disseminação do Covid-19. Aquelas pessoas que atuam nos serviços de assistência a saúde seguem trabalhando nos hospitais da Universidade Federal do Ceará.

Nacionalmente, a Condsef/ Fenadsef também tem atuado nas demandas dos empregados públicos. Esta semana, com receio do desgaste físico dos profissionais e da sobrecarga das unidades de saúde, atendendo a solicitação dos trabalhadores, a Confederação cobrou dos gestores da Ebserh a adoção de algumas medidas urgentes, dentre elas:
– o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) necessários para cada ponto de atenção, para todos os trabalhadores;
– a criação de escalas de contingência, permitindo o descanso adequado dos profissionais, bem como, menor exposição e propagação do Coronavírus;
– a garantia da assistência médica e hospitalar aos trabalhadores da Ebserh;
– agilidade na publicação dos aprovados e contratação imediata dos profissionais do último concurso;
– a liberação dos trabalhadores que são do grupo de risco;
– a liberação dos trabalhadores que executam atividades não essenciais que poderão ser realizadas após o controle da pandemia;
– a discussão sobre o banco de horas.

O secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, conversou nessa terça-feira, 24, com Hélio Costa, representante da Empresa Pública para encaminhar as demandas. Segundo Costa, as reivindicações foram enviadas ao Setor de Saúde e Trabalho que está analisando. A Confederação, também pediu que a Ebserh avalie a possibilidade de antecipar o pagamento do 13º salário aos empregados nesse momento de crise sanitária para apoiar as urgências dos trabalhadores e suas famílias. A empresa se comprometeu a dar retorno ainda essa semana sobre as reivindicações emergenciais.

Aviso sobre a MP 927/2020

O Sintsef Ceará comunica as empregadas e aos empregados públicos da Ebserh que na recém-editada Medida Provisória (MP) 927/2020, onde prevê a prorrogação da jornada de trabalho sem nenhum acréscimo de remuneração ao trabalhador, está condicionada a assinatura de um termo aditivo ao contrato de trabalho conforme anexos descritos no comunicado da Ebserh.

O sindicato orienta que nenhum filiado assine esse documento. Caso a empresa obrigue a extensão da jornada procure nosso setor jurídico.

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