16 novembro 2011

SINTSEF/CE participa do 17º Curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação


Tem início hoje, no Rio de Janeiro, o 17º Curso anual do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC). O SINTSEF/CE está participando do encontro, que tem como objetivo principal ampliar a discussão em torno da comunicação sindical e de uma maneira geral. Confira mais sobre o evento:

 

Texto de Sheila Jacob-NPC

Sindicalistas, jornalistas, militantes sociais, professores e estudantes de comunicação do Brasil se reúnem anualmente no Centro do Rio durante o Curso Anual do NPC. Há quase duas décadas o encontro é referência para todos aqueles interessados em pensar o papel central da mídia na disputa de hegemonia. O professor Dênis de Moraes em depoimento no Facebook afirmou ser o Curso do NPC o congresso de mídia da esquerda brasileira. Neste ano o Curso, que chega à sua 17ª edição, ocorre entre os dias 16 e 20 de novembro, e tem como tema central Comunicação e hegemonia num mundo em ebulição.

Os coordenadores do NPC apostam na sensibilização dos participantes para a centralidade da mídia tanto para aqueles que pretendem perpetuar as injustiças do mundo quanto para os que querem a sua transformação. A atividade busca contribuir para a criação e a melhoria de diversos meios contra-hegemônicos, desde os jornais, revistas e publicações impressas até as muitas possibilidades que, hoje, são oferecidas pela Internet, como o facebook, twitter, blog e outros meios.

Esses cinco dias intensos de reflexões e debates refletem o trabalho diário do NPC, que vem investindo no fortalecimento de uma comunicação produzida pelos e para os trabalhadores, a serviço da construção de uma outra sociedade.

 

Palestrantes do Brasil e do mundo falam sobre a importância da mídia no século 21

Jornalistas, professores e pesquisadores nacionais e internacionais têm sido convidados para falar sobre diversos temas relacionados à comunicação dentro e fora do Brasil. Neste ano, por exemplo, serão discutidas as mudanças da mídia no mundo latino, árabe e europeu; os ataques da direita brasileira ao Plano Nacional de Direitos Humanos; os desafios para manter a qualidade de jornais sindicais; as experiências atuais de comunicação alternativa; megaeventos e movimentos sociais; o tratamento de temas tabus pela mídia, como o aborto, o machismo, a homofobia, racismo e favelas; e outros assuntos.

Dentre os convidados para o 17º Curso estão os jornalistas espanhóis Ignácio Ramonet (Le Monde Diplomatique) e Pascual Serrano (Rebelion.org), além de referências brasileiras na discussão do tema, como Dênis de Moraes (UFF), Venício Lima (UNB), Silvio Mieli (PUC-SP), Nilton Vianna (Brasil de Fato), Raimundo Rodrigues (Ed. Manifesto), Altamiro Borges (Centro Barão de Itararé), Beto Almeida (Telesul), Renato Rovai (Fórum), Laurindo Leal (EBC), Paulo Donizetti (Revista do Brasil), dentre outros.

A primeira mesa é destinada à lembrança dos 140 anos da Comuna de Paris (1871 – 2011), momento em que, nas palavras de Karl Marx, “os trabalhadores tomaram o céu de assalto”. Antes, na abertura do encontro, o professor Victor Neves contará a história do hino A Internacional, cantado pela esquerda em todo o mundo.

 

Arte a serviço da transformação

A experiência da Comuna de Paris volta à cena no dia seguinte, 17 de novembro, com a apresentação da peça Os filhos da comuna, com destaque para o julgamento da revolucionária Louise Michel. A encenação será feita pelo Grupo Artes da Ilha do Governador (GATIG – Núcleo Contra-Hegemônico), com direção e autoria de Rodrigo Malvar. Neste dia, a importância da cultura na batalha de hegemonia é tema de um dos debates, no qual haverá a participação do músico Marcelo Yuka e de Sérgio de Carvalho, diretor do grupo teatral paulista Companhia do Latão.

 

Oficina com o mestre Gaudêncio Frigotto (UFF)

Além de palestras, os cursos do NPC promovem oficinas sobre os mais variados temas. Neste ano, uma delas será uma conversa sobre Comunicação e Educação com o professor Gaudêncio Frigotto (UFF). Outros temas são diagramação de jornais, revistas e cartilhas; redes sociais na Internet; rádios comunitárias e linguagem.

Comentários Comentar