Servidores denunciam as más condições de trabalho na saúde indígena
A SESAI/MS, criada no governo Lula em 2010, assumiu a assistência integral dos povos indígenas junto ao SUS, no lugar da FUNASA. A mudança foi uma importante conquista dos indígenas junto ao governo Lula. Entretanto, o órgão sempre enfrentou problemas de estrutura e a situação tem se agravado nos últimos anos. Os servidores denunciam que os locais de trabalho encontram-se em péssimas condições e os trabalhadores das atividades fins, são terceirizados, contratados por meio de convênios através de ONG’S. A maioria das Unidades de Saúde pertencem aos municípios e não ao órgão federal, faltam ambulâncias e veículos apropriados para o transporte de medicamentos e outros insumos.
Em 2010, o governo prometeu a criação de uma gratificação específica para os servidores da saúde indígena. A proposta foi apresentada pela CONDSEF e protocolada no MPOG e seguindo para a casa civil, no entanto, os trabalhadores nunca foram atendidos.
Como o presidente eleito já demonstrou não ter interesse nos serviços de assistência à população, o medo agora é de extinção da Sesai. Bolsonaro já afirmou que indígenas não deveriam ter políticas diferenciadas do restante da população. Uma prova de negação da importância cultural dos povos indígenas, dos desafios históricos que enfrentam na construção da sua cidadania, da expropriação de seus territórios por latifundiários e da contribuição que realizam na preservação dos recursos ambientais do país.
Esta matéria faz parte da edição de Dezembro do Jornal do Sintsef. Para ler esta e muitas outras matérias desta edição do jornal, na íntegra, clique AQUI.
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