27 junho 2014

Servidores do IBGE no Ceará realizam assembleia e reafirmam a defesa do órgão como principal motivo da greve


Desde o dia 26 de maio, os trabalhadores do IBGE estão mobilizados em todo o país em defesa do órgão. Recentemente, sem justificativa plausível, o governo fez cortes no orçamento destinado às atividades do Instituto, a ponto de obrigar o adiamento de importantes pesquisas, como a Contagem da População 2015 e a Pesquisa de Orçamento Familiar – POF. Tendo como missão retratar o Brasil, em suas diversas nuances, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vê-se prejudicado com a situação, que compromete muitas questões de interesse da população.

Completado um mês do início da paralisação, 26 unidades aderiram a greve, ainda que desde o início a instituição tenha colocado o corte de ponto como forma de coibir a adesão dos funcionários.

No Ceará não há adesão total e os servidores que estão paralisados respeitam a posição de quem continuou ao trabalho, mas lembram: a vitória quando vem é de todos, mesmo que apenas alguns tenham corrido os riscos e sofridos os desgastes da greve. Sobre isso falo o coordenador geral do SINTSEF/CE, Luciano Filgueiras, em assembleia ocorrida hoje no órgão: “A greve deve ser solidária. As dificuldades que o órgão passa atinge a todos. Os ganhos que virão com a pressão ao governo também corresponderá a todos. É hora de todos se solidarizarem na luta pelo IBGE”, destacou.

A assembleia de hoje reuniu cerca de 30 servidores. No Ceará o IBGE conta com aproximadamente 100 trabalhadores no quadro efetivo e 150 no quadro temporário. A luta contra a precarização do trabalho é um dos motes da greve, como afirmou o delegado de base Aguiar, “contamos hoje com um quadro de temporários maior que o de efetivos. Estas pessoas além de ganhar pouco, quando começam a dominar as pesquisas tem seus contratos findados. Queremos mais respeito com os temporários. Claro, nosso meta maior é a ampliação do quadro de efetivos, através de concurso público, mas os temporários que já estão no IBGE precisam ter um salário compatível com suas funções”, ressaltou.

Nota elaborada pelos servidores denuncia a situação vivenciada hoje: “O esvaziamento do IBGE é muito grave, pois o adiamento das pesquisas provoca defasagem no retrato do País. Adiar a Contagem da População impede que se tenha um perfil atualizado da população do País e dos percentuais do Fundo de Participação dos Municípios. Adiar a POF é não atualizar a cesta básica de produtos, interferindo no cálculo da inflação. Alertamos a população para a gravidade da situação e solicitamos o seu apoio nesta luta que é em defesa do IBGE e da garantia da realização de suas atividades”.

Ato está marcado para o próximo dia 2 de julho, em breve traremos mais detalhes.

TAG | GREVE IBGE |

Comentários Comentar