Congresso da CUT no Ceará aprova plano de lutas e elege nova direção para 2019/2020
Composta por representantes de todos os ramos, a nova Direção conta novamente com dois representantes do Sintsef: Roberto Luque que permanece na direção executiva e Luiz Sousa Filho (Lula) que integra agora a direção plena
No último fim de semana, dias 30 de novembro e 1º de dezembro, a Central Única dos Trabalhadores no Ceará realizou o seu 14º Congresso estadual no antigo Hotel Romanos, em Fortaleza. Com o slogan “Sindicatos fortes, direitos, soberania e democracia”, o evento reuniu mais de 300 sindicalistas para fazer um balanço dos últimos anos e eleger a Direção que comandará a central durante o mandato de 2019-2023. Na abertura, além de sindicalistas, parlamentares e representantes dos movimentos sociais saudaram os participantes e falaram sobre a importância da CUT para a luta política hoje. Dos quase 300 delegadas e delegados, treze eram do Sintsef Ceará.
Na manhã do primeiro dia, a mesa sobre a conjuntura debateu a importância da construção da unidade na esquerda para enfrentar os desmandos do governo Bolsonaro. Com a participação de Juliane Furno, da Frente Brasil Popular e Deyvid Bacelar, da Federação Única dos Petroleiros (FUP) o momento também tratou da relação entre os recentes golpes na América Latina com a disputa pelo controle das riquezas, da tecnologia de dos mercados no mundo. À tarde, os congressistas ouviram uma ampla discussão sobre os desafios da reforma sindical para a continuidade e reinvenção dos sindicatos no país.
No domingo, o dia começou com uma mística organizada pelo Coletivo da Mulher Trabalhadora da CUT CE sobre a importância da defesa do direito das mulheres. Ozaneide de Paula, que encerrou seu mandato na secretaria de mulheres da CUT CE falou “é muito triste que o machismo ainda impeça a participação política das mulheres, que elas sejam assassinadas por seus companheiros e que tenham sua sexualidade cerceada.” Representadas pelos diferentes ramos da Central, as mulheres declamaram em jogral, frases que relatam exemplos de como o machismo mata em nossa sociedade. Vale lembrar que a CUT CE possui a paridade de gênero como clausula estatutária na formação de sua direção estadual.
Ainda no domingo, os delegados e as delegadas aprovaram o plano de lutas da CUT apresentado no Congresso Nacional e resoluções sobre política e organização sindical, adesão de novos sindicatos, valorização do serviço público, defesa das estatais, combate à violência contra a mulher, fortalecimento das frentes populares e contra as escolas cívico-militares. Os participantes do Congresso defenderam também a inocência do ex presidente Lula e pediram anulação dos processos judiciais que ele responde atualmente.
Ao final, Wil Pereira foi reconduzido para a presidência da CUT CE na companhia da nova gestão para o mandato 2019/2023 que conta com representantes de todos os ramos da CUT, dentre eles comerciários, trabalhadores rurais e servidores públicos das três esferas. “Estamos encerrando uma gestão que realizou em parceria com sindicatos, federações, frentes populares e movimentos sociais mais de 1000 atividades de rua nos últimos quatro anos. Saímos desse fortalecidos, pois tivemos aqui representantes das 320 entidades que compõem a CUT no Ceará, um grupo que aclamou uma única chapa para a direção estadual. Agora é seguir organizando as trabalhadoras e os trabalhadores na resistência ao governo de Bolsonaro e na luta por Lula inocente”, afirmou o presidente reeleito.
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