31 agosto 2022

SINTSEF realiza pesquisa sobre impacto da covid-19 com filiados(as)


A coleta de dados deve acontecer até 16 de dezembro. Integrantes da Direção Colegiada do SINTSEF, Dnocs, Ministério da Saúde e da Conab já foram entrevistados.

A Coordenação e o Coletivo de Saúde do Trabalhador do SINTSEF começou em agosto uma pesquisa com servidores(as) da ativa, aposentados(as) e pensionistas sobre os impactos da Covid-19. O objetivo é conhecer os problemas enfrentados pelos(as) servidores(as) federais no Ceará durante a pandemia e municiar o sindicato com informações que apoiem as reivindicações de melhoria nas condições de trabalho e vida dos filiados(as).

Flávio Inácio, da Coordenação de Saúde do Trabalhador explicou que a proposta de investigação surgiu diante da compreensão sobre como a pandemia mexeu com a família de todo mundo, em diferentes níveis. “Inspirados na nossa primeira experiência, quando realizamos a ‘Avaliação das Condições de Trabalho dos(as) Servidores(as) Ativos(as) e Filiados(as) ao Sintsef/Ceará’ decidimos ampliar a amostra de participantes com o apoio das delegacias sindicais no interior. Quando começamos a pensar as perguntas, ao mesmo tempo começamos a refletir sobre a nova realidade que a pandemia impôs para o serviço público”, declarou o coordenador.

Depois das primeiras conversas, o grupo decidiu buscar parcerias para aprimorar a metodologia da pesquisa e dar mais credibilidade aos dados que serão levantados. Assim, se tornaram apoiadores da pesquisa do Sintsef a Fundação Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), a Célula de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) estadual e a municipal e por último o professor do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Ceará, Marcelo Jose Monteiro Ferreira.

Condições de trabalho nos órgãos federais

Entre outros aspectos, a Coordenação e o Coletivo da Saúde do Trabalhador esperam poder refletir sobre as condições de trabalho que os órgãos oferecem. Por exemplo, segundo o Comitê Gestor da Covid-19 do Ceará, todos os órgãos públicos e empresas deveriam realizar um plano de contingência para conter a disseminação do vírus, mas muitos órgãos federais não fizeram.

Na Funasa eles não fizeram. A avaliação é que os entes federativos bateram, muita cabeça durante a pandemia e o governo federal minimizou o impacto da Covid. Até o presidente era contra o uso de máscaras e as vacinas. Também se especula que os órgãos públicos não imaginavam serem alvos de uma possível fiscalização.

Na maioria dos órgãos, o gestor mandou as pessoas com comorbidades para casa. O que teve por consequência uma economia dos custos de manutenção como água, energia e outros. Mas foi direcionado para trabalhar em casa, não recebeu nenhum apoio, muitos não trabalharam por não terem computador ou internet de qualidade.

Primeiras impressões

Os questionários já começaram a ser aplicados desde o dia 16 de agosto. A coleta de dados deve acontecer até 16 de dezembro. Integrantes da Direção Colegiada do SINTSEF, Dnocs, Ministério da Saúde e da Conab já foram entrevistados. Para participar o(as) filiado(a) pode procurar a Coordenação de Saúde do Trabalhador, ou responder o questionário disponível em nosso site.

Sobre as primeiras impressões Flávio Inácio comenta: “As respostas têm sido o que esperávamos. A maioria já tomou até a 4º dose, tiveram casos na família, alguns perderam entes queridos, muitos estão precisando lidar com as sequelas da Covid-19. Também já vimos que casos de depressão e adoecimentos de ordem emocional também estão relacionados com a pandemia. Mas é tudo muito preliminar, só depois de consolidar os dados é que poderemos ter certeza dessas afirmações”.

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