Chega ao sétimo dia a greve dos empregados públicos da Ebserh
A cada dia cresce a adesão ao movimento paredista. Em Fortaleza, na MEAC e no HUWC/UFC, as empregadas e os empregados públicos mantiveram a programação do movimento paredista inclusive durante o fim de semana
Os trabalhadores e as trabalhadoras da Ebserh entraram nesta segunda-feira (26), no sexto dia de greve nacional, reivindicando 22,3% de reajuste linear para todos os empregados, o acréscimo de R$ 600 ao salário base do cargo de Assistente Administrativo e a manutenção de todas as cláusulas sociais do Acordo Coletivo vigente, entre outras questões.
Na última sexta-feira (23), a Condsef e demais entidades que representam a categoria estiveram na sede da empresa em Brasília, solicitando uma reunião com a direção, demonstrando disposição para o diálogo. Entretanto, a Ebserh se negou a conversar enquanto a greve não for encerrada. O que parece improvável, pois o movimento paredista começou justamente porque os gestores trancaram as negociações dos ACTs em atraso.
Trabalhadores nos comandos de greve dos estados relatam que a direção tem dito que quem participar da greve terá pontos cortados e poderá ser prejudicado em progressões. As assessorias jurídicas lembram que a greve é legal e já está judicializada. Tudo isso será decidido no Tribunal Superior do Trabalho.
Petição no TST sobre ACT 2020/2021
Na mesma sexta, as entidades entraram com pedido de urgência no TST para solicitar a reabertura do processo de mediação do ACT 2020/2021 ainda pendente. Caso o TST negue pedido de mediação e determine julgamento do dissídio, as entidades pedem ainda que o TST considere julgar apenas cláusulas econômicas, uma vez que não é possível promover julgamento de cláusulas sociais.
Ebserh já sente o peso da greve
O movimento grevista avalia que os diretores da Ebserh já sentem o peso da maior greve enfrentada desde a criação da empresa pública. Isso porque dos 40 hospitais da rede, 33 estão paralisados e os outros sete em processo de mobilização para adesão.
Numa tentativa de parar a greve, no mesmo dia 23, a Ebserh protocolou no TST um pedido a Ministra Delaíde Arantes para que reconsidere os percentuais, já deferidos pela própria magistrada, de manter 60% dos trabalhadores assistenciais e 50% dos administrativos trabalhando para que o movimento paredista possa acontecer dentro da legalidade.
A empresa pede que 100% continuem trabalhando nas áreas consideradas mais críticas, 80% não críticas e 80% administrativos. Também quer que a juíza determine a obrigação de remessa à EBSERH das listas de presença diárias dos empregados que aderiram ao movimento grevista, o que tem sido interpretado como estratégia para criminalizar os trabalhadores que estão em busca de seus direitos.
Porque estamos em greve, por Bábara Montezuma
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Com informações da Condsef
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