Sintsef-CE participa de evento sobre o fim da escala 6×1, na receita federal em Fortaleza.

Na manhã desta terça-feira (25), a Direção Colegiada do SINTSEF-CE esteve presentes no fórum “Fim da Escala 6×1: Desafios e Perspectivas”, realizado no prédio da Receita Federal, em Fortaleza. O evento, promovido pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Ceará, reuniu representantes sindicais, profissionais de contabilidade, advogados e estudantes para debater os impactos e desafios relacionados à mudança na jornada de trabalho.
Programação e palestrantes
O evento foi dividido em dois blocos temáticos:
Bloco I – Escala 6×1 e a Saúde do Trabalhador
Francisco Péricles, auditor fiscal do trabalho, abordou a redução da carga horária como medida de segurança e saúde.
Maria Ervanis, chefe do Setor de Segurança e Saúde no Trabalho da SRTE/CE, destacou os riscos psicossociais relacionados ao trabalho.
Alexandre de Lima, médico do trabalho do sistema FIEC, debateu a relação entre duração do trabalho e saúde do trabalhador
Bloco II – Análise das Representações Sindicais sobre o Fim da Escala 6×1
Foi aberto um debate para os dirigentes sindicais presentes que trouxeram a visão da classe trabalhadora sobre o tema.
Discussão sobre a escala de trabalho 6×1
A discussão sobre o fim da escala 6×1 ganhou destaque recentemente, após a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) anunciar, em 13 de novembro de 2024, que havia obtido as assinaturas necessárias para protocolar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa limitar a jornada semanal a 36 horas e eliminar a escala 6×1. Anteriormente, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) já havia apresentado, em 2019, a PEC 221 com objetivo semelhante. Reconhecendo a convergência de objetivos, ambos os parlamentares decidiram unir forças e apresentar uma proposta conjunta, fortalecendo o debate em torno do tema.
Durante o fórum, o SINTSEF-CE contribuiu para o debate, contextualizando o histórico das discussões sobre a escala 6×1 e enfatizando a importância de que os avanços tecnológicos sejam utilizados em benefício dos trabalhadores, e não apenas para aumentar os lucros empresariais.
A entidade destacou que, apesar dos ganhos de produtividade proporcionados pela tecnologia, muitos trabalhadores continuam submetidos a jornadas exaustivas, o que reforça a necessidade de uma revisão nas escalas de trabalho.
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