19 junho 2012

Assembleias nos órgãos do serviço público federal no Ceará discutirão greve


De acordo com deliberação do Conselho de Delegados Sindicais de Base, que reuniu-se na sede do SINTSEF/CE no último sábado, 16 de junho, serão realizadas assembleias nos diversos órgãos do serviço público federal no Ceará, para discutir sobre a greve dos servidores.

De acordo com indicativo da Condsef, a greve unificada dos servidores deveria ter começado ontem, dia 18, no entanto, a maioria dos órgãos, pelo menos no Ceará, ainda está em mobilização para construção do movimento paredista.

No interior, os servidores do Ministério da Saúde participarão das assembleias realizadas nas delegacias para debater o mesmo tema. Já os servidores de outros órgãos, terão suas assembleias na sede destes, em Fortaleza.

Já estão em greve – Os servidores administrativos e professores das Universidades Federais já estão em greve. Também pararam os servidores da Justiça Federal.

A paralisação dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) atinge pelo menos dez das 30 superintendências do órgão, segundo balanço da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra.

Entre os serviços do Incra que devem ser afetados pela greve estão a regularização fundiária, a certificação de imóveis rurais, o acesso a crédito, a atualização cadastral de propriedades e os pedidos de aposentadoria de trabalhadores rurais.

Os auditores fiscais estão usando duas formas de manifestação. Uma é uma operação padrão, que faz com que os servidores vejam “com lupa” cada produto que entra no país. A tática deles é atrasar a liberação de produtos e insumos destinados à produção. Os auditores ressaltam que ficam de fora da operação apenas os produtos perecíveis.

A outra forma dos auditores fiscais se manifestarem é por meio do que eles chamam de “crédito zero”. Ou seja, as informações sobre o recolhimento de impostos e multas, por exemplo, não serão transferidas para os computadores da Receita ficarão retidas nos equipamentos dos auditores, o que pode criar problemas para a contabilização da arrecadação.

Os funcionários do Ministério de Relações Exteriores (MRE) também aderiram à greve dos servidores públicos federais. Segundo o Sinditamaraty, é a primeira vez que o pessoal do MRE entra em greve.

Quadro Nacional – Servidores de categorias como Funasa, Incra, administrativos do Ministério da Agricultura, Arquivo Nacional – no mesmo dia em que foram abertos os arquivos da ditadura – entre outros setores pararam suas atividades em diversos estados. Pará, Sergipe, Amapá, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Brasília estão entre os primeiros estados a registrar paralisações. Ao longo da semana o quadro oficial da greve deve se ampliar como historicamente mostram os movimentos grevistas. Em diversos estados estão confirmadas assembleias em outros órgãos que podem ampliar o cenário da greve iniciada pelos professores das universidades federais há mais de um mês. (Com informações da Condsef e Agência Brasil).

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