29 agosto 2012

Debates ricos e aprofundados marcaram o segundo dia do 10º Congresso


O segundo dia do Congresso do SINTSEF/CE foi extremamente rico em palestras e debates. Pela manhã foi realizada uma ampla análise de conjuntura nacional e internacional, com palestra que contou com o professor de economia Aécio Oliveira (UFC), com a assentada e diretora nacional do MST Antônia Ivoneide (Nenen) e o militante do movimento cultura popular Leidiano Farias. Em mesa mediada pelo coordenador geral do SINTSEF/CE Luciano Filgueiras, os palestrantes discutiram “A crise mundial e o reflexo político econômico no Brasil”. Com um resgate histórico das mudanças econômicas no mundo e no Brasil desde o século XVIII, a mesa uniu temas como agronegócio, participação popular, economia, governo , jornada de trabalho, sindicalismo, movimentos sociais, relacionando-os com a hegemonia do capitalismo. Vinte e quatro intervenções foram feitas, fazendo o debate extremamente representativo e grandioso. A discussão acabou sendo mais extensa que o programado, o que fez com que a outra mesa prevista para o horário da manhã fosse transferida para a tarde.

Logo após o almoço, pontualmente às 14h30, deu-se início a mesa com o tema “Balanço do movimento dos servidores públicos diante da crise”. Mediada pelo diretor da Condsef e filiado do SINTSEF/CE Luis Carlos Macêdo, os palestrantes Sérgio Ronaldo (Condsef), Jorge Luis (UFC), Eudes Baima (UECE) e Francisco Wil (CUT), discutiram o papel das centrais trabalhistas, em especial da CUT, presente na mesa e da qual o SINTSEF/CE é filiado. A greve recente do serviço público foi outro assunto bastante explorado pela mesa. Uma reflexão acadêmica, atual e prática, do sindicalismo foi também abordada pelos debatedores, enriquecendo ainda mais o tema principal da mesa. Para a plateia foram abertas 15 inscrições, limitadas em virtude do horário reduzido que a mesa passou a ter a partir do momento que se deslocou para o turno da tarde. Quando o último palestrante terminou sua fala, uma enxurrada de crachás foi atirada sobre a mesa (explicamos: é através do crachá que as pessoas garantem sua fala em uma discussão dessa natureza), como já havia sido consenso com a plenária a participação de apenas 15 delegados, a mesa decidiu por embaralhar os crachás e sortear 15 deles aleatoriamente. As intervenções destacaram diversas temáticas, dentre elas o envolvimento das centrais sindicais no movimento de luta dos trabalhadores, em especial os servidores federais.

Após uma pausa para o café foi iniciada a terceira e última mesa de debates do Congresso. Com o tema geral: estratégias políticas do SINTSEF/CE e o assunto específico “o processo histórico do desmonte do serviço público e o papel dos servidores”, três debatedores, de áreas diferentes, entrelaçaram conhecimentos da economia, com o profº Marcelo Lettieri, da comunicação, com Vito Giannotti e da história, especialmente operária, com a profª Adelaide Gonçalves. O resultado dessa mistura de economia-comunicação-história foi um debate de resgate aprofundado sobre as diversas nuances do desmonte que o serviço público vem sofrendo há décadas.

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