Empregadas e empregados da Ebserh temem sobrecarga nos hospitais e cobram medidas de segurança do trabalho
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Em razão da pandemia do Coronavírus no Brasil, os profissionais da saúde têm vivido um momento de extrema sobrecarga de trabalho nas unidades de atendimento a população. Exemplo dessa situação são relatados pelas empregadas e empregados públicos da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, que faz a gestão dos hospitais universitários no país. No Ceará, O Sintsef tem acompanhado diariamente o trabalho e as demandas dos profissionais do Hospital Universitário Walter Cantídio (HWUC) e na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), ambos da Universidade Federal do Ceará e administrados pela Ebserh.
No dia 20 de março, a Assessoria Jurídica do Sintsef entrou com uma ação na Justiça para que profissionais com mais de 60 anos, portadores de comorbidades e mães com filhos que são portadores de comorbidades e mães com filhos que são portadores de comorbidades fossem afastados dos seus trabalhos no HWUC e na MEAC sem prejuízos a sua remuneração. Essa medida foi necessária, pois somente trabalhadores administrativos estão em quarentena, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para prevenir a disseminação do Covid-19. Aquelas pessoas que atuam nos serviços de assistência a saúde seguem trabalhando nos hospitais da Universidade Federal do Ceará.
Nacionalmente, a Condsef/ Fenadsef também tem atuado nas demandas dos empregados públicos. Esta semana, com receio do desgaste físico dos profissionais e da sobrecarga das unidades de saúde, atendendo a solicitação dos trabalhadores, a Confederação cobrou dos gestores da Ebserh a adoção de algumas medidas urgentes, dentre elas:
– o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) necessários para cada ponto de atenção, para todos os trabalhadores;
– a criação de escalas de contingência, permitindo o descanso adequado dos profissionais, bem como, menor exposição e propagação do Coronavírus;
– a garantia da assistência médica e hospitalar aos trabalhadores da Ebserh;
– agilidade na publicação dos aprovados e contratação imediata dos profissionais do último concurso;
– a liberação dos trabalhadores que são do grupo de risco;
– a liberação dos trabalhadores que executam atividades não essenciais que poderão ser realizadas após o controle da pandemia;
– a discussão sobre o banco de horas.
O secretário-geral da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, conversou nessa terça-feira, 24, com Hélio Costa, representante da Empresa Pública para encaminhar as demandas. Segundo Costa, as reivindicações foram enviadas ao Setor de Saúde e Trabalho que está analisando. A Confederação, também pediu que a Ebserh avalie a possibilidade de antecipar o pagamento do 13º salário aos empregados nesse momento de crise sanitária para apoiar as urgências dos trabalhadores e suas famílias. A empresa se comprometeu a dar retorno ainda essa semana sobre as reivindicações emergenciais.
Aviso sobre a MP 927/2020
O Sintsef Ceará comunica as empregadas e aos empregados públicos da Ebserh que na recém-editada Medida Provisória (MP) 927/2020, onde prevê a prorrogação da jornada de trabalho sem nenhum acréscimo de remuneração ao trabalhador, está condicionada a assinatura de um termo aditivo ao contrato de trabalho conforme anexos descritos no comunicado da Ebserh.
O sindicato orienta que nenhum filiado assine esse documento. Caso a empresa obrigue a extensão da jornada procure nosso setor jurídico.
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