Desmonte do serviço público em dados
Falta de concursos, crescimento das aposentadorias e digitalização tem esvaziado autarquias e prejudicado a qualidade dos serviços prestados
Segundo dados do Painel Estatístico de Pessoal (PEP), ligado ao Ministério da Economia, durante o governo Bolsonaro, o ingresso de novos servidores públicos federais caiu pela metade do verificado na gestão Michel Temer e quase um terço da gestão Dilma Rousseff.
Nos últimos 10 anos, o maior número de contratações foi registrado em 2014, ainda no governo Dilma Rousseff (PT), quando mais de 40 mil novos trabalhadores ingressaram no serviço público federal. Ainda segundo os números do PEP, atualmente a máquina pública conta com 507.300 servidores federais ativos, em regime estatutário. Desses, a maior parte (270.596) se concentra também no MEC, que inclui universidades, fundações e institutos de educação e pesquisa.
Com o discurso que acabará com os privilégios de servidores marajás, Bolsonaro se nega a investir no setor público. Isso no momento em que a crise provocada pela pandemia deixa a população mais necessitada de assistência social e dos serviços públicos. Ainda apresenta uma proposta de reforma administrativa que facilita o apadrinhamento de cargos e mantém privilégios daquelas carreiras de altos salários, como no judiciário e entre militares.
Não seja enganado! Exija concursos e qualidade nos serviços prestados à população. Vamos cancelar a reforma administrativa (PEC 32)! Pressione os deputados federais a votarem contra a proposta que acaba com o serviço público no Brasil.
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