13 dezembro 2021

Pressão das entidades de servidores públicos barram a votação da PEC 32 este ano


2022 será ano eleitoral, vai ficar difícil votar a PEC, já que na última eleição os deputados que votaram pela reforma da Previdência não foram reeleitos

A Proposta de Emenda à Constituição 32/20, de Bolsonaro-Guedes sobre a reforma Administrativa para acabar com o serviço público, não está na pauta da Câmara dos Deputados nesta última semana antes do recesso legislativo. Uma vitória das entidades para as servidoras e os servidores públicos que há 13 semanas seguidas vêm realizando fortes mobilizações e o corpo a corpo com os deputados pelo cancelamento da proposta.

Segundo Roberto Luque, coordenador geral do Sintsef-CE, só foi possível barrar a votação da PEC 32 graças à pressão e à unidade das entidades que representam os servidores públicos das três esferas, em especial a Confetam, Condsef e CUT. “No começo, algumas entidades pensaram em realizar emendas à PEC, mas logo se percebeu que este projeto absurdo não cabia emendas. Nós conseguimos quebrar a espinha dorsal do governo Bolsonaro, que quer desmontar o serviço público e privatizar as estatais. Venceu o direito da população de acessar os serviços públicos,” declarou Luque.

Se votar, não volta
Na última sexta-feira, 10, em encontro com empresários, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não vê problema em que a reforma Administrativa seja aprovada em ano eleitoral. O ministro ignora cenários anteriores, como na reforma da Previdência, em que a maioria dos deputados que votaram a favor da proposta não foram reeleitos.

Por isso que a mobilização contra a reforma administrativa deve continuar no próximo ano. No Ceará, dos 22 deputados federais a maioria já se posicionou contra, mas a pressão precisa continuar para que ninguém volte atrás em sua posição.

 

Com informações da Condsef

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