19 julho 2022

O Brasil e o Mundo precisam de paz, chega de violência!


Não é correto falar em polarização quando um lado é o tiro e o outro o alvo.

A violência e a banalidade do assassinato de um dirigente do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, bem como a escalada de notícias onde brigas de bar, de vizinhos e situações violência doméstica terminaram em mortes trágicas, são elementos que nos fazem a refletir sobre a cultura do medo que estão tentando imprimir em nosso país.

Não é correto falar em polarização quando um lado é o tiro e o outro o alvo. Desde a campanha anterior, quando disse em 2018, no Acre, que iria “fuzilar a petralhada” empunhando um tripé de câmera como se fosse uma metralhadora, Jair Bolsonaro deu o tom de como acredita que as divergências devem ser resolvidas.

Tal discurso tem sido disseminado junto com o incentivo ao armamento da sociedade, a criação de clubes de tiros, a comercialização de armas e munição. Segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, entre 2019 e junho de 2022, houve um aumento de 591 mil registros de armas de fogo no Sigma para a categoria que engloba caçadores, atiradores e colecionadores, 42% do total de armas registradas no sistema entre 2003 e junho de 2022 (1.4 milhão). São Paulo foi o estado com o maior número de novos registros, 175 mil, seguido pelo Paraná e Santa Catarina (109,9 mil).

Assusta-nos ver também como práticas de tortura e extermínio parecem ter se tornado uma prática sem qualquer escrúpulo empregada por muitos agentes de segurança pública. Como o caso de Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi morto numa “câmara de gás” improvisada em viatura da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe. Se temos um presidente que exalta generais torturadores da ditadura militar, o que podem pensar aqueles que têm autorização para empunhar armas nas instituições policiais brasileiras?

Não podemos aceitar que o vice-presidente se refira a investigação do assassinato do Marcelo Arruda com a frase “precisamos fechar o caixão”. São por esses absurdos que inquéritos são encerrados sem as devidas investigações. O que aconteceu em Foz do Iguaçu teve motivações políticas e precisa ser reconhecido como tal.

Para que mulheres se sintam seguras para sair de relações abusivas, para que defensores de direitos humanos como Dom Philips e Bruno Pereira não sejam assassinados, nem filiados a qualquer partido político precisamos acabar com a incitação a morte a violência no país.

É preciso falar sobre esperança, sobre a dádiva da vida e sobre como acabar com as desigualdades no Brasil e no Mundo. Basta de violência, vamos juntos construir uma corrente de paz!

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