10 setembro 2015

Greve dos servidores federais no Ceará: ainda que sejamos poucos, somos fortes, guerreiros e persistentes


O descontentamento é geral. Ninguém quer reajuste abaixo da inflação e ainda parcelado em várias vezes. Mesmo assim poucos foram os servidores do executivo federal no Ceará, da base do SINTSEF/CE, que aderiram ao movimento paredista. Poucos, mas fortes e guerreiros, merecedores de aplausos. Afinal, quando a conquista vem ela é para todos, não apenas para os que tiveram coragem de se expor e de lutar.

Seguem paralisados, desde o dia 31 de agosto, os trabalhadores do Ministério da Saúde e Funasa, lotados na 5ª CRES, formada por Canindé, Caridade, Boa Viagem, Itatira, Madalena e Paramoti. Um pouco antes, no dia 25 de agosto, pararam os servidores de endemias do Ministério da Saúde em Fortaleza e Região Metropolitana, que também continuam em greve.

Na Secretaria de Saúde Indígena (SESAI), também houve um grupo guerreiro, pequeno em número, mas grandioso em garra. Estes trabalhadores votaram, na última sexta-feira, pela aceitação da proposta de 10,8% em dois anos (5,5% em 2016 e 5% 2017).

Fizeram manifestações semanais, entraram em greve e voltaram às paralisações semanais, os servidores do INCRA. Ali a batalha já vem de antes do período da deflagração de greve no país e promete permanecer independente da aceitação de reajuste, pois os servidores pedem reestruturação do Instituto e das carreiras.

Servidores do Ministério da Fazenda também realizaram paradas pontuais, lembrando a reivindicação da PEC/FAZ.

Hoje em Brasília, Plenária da Condsef irá decicir sobre a contraproposta do governo. Talvez o reajuste seja aceito, talvez haja novas condições para tal.

O importante é lembrar que nossa pauta de reivindicações vai muito além de reajuste. Não podemos deixar a peteca cair. Precisamos seguir na luta. Há demandas gerais e específicas que tem de ser contempladas.

Aos servidores fortes e guerreiros rogamos persistência. Aos que não aderiram às paralisações lembrem que sempre é tempo de engajar-se, afinal, a conquista é para todos e só será aquela que merecemos quando a luta for de todos também. Contamos com vocês!

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